Terra do Litoral,
Terra de Portugal
*
Eu sou de Raiz, natural,
Deste magnífico litoral;
De Vila Nova de Gaia,
Localizado em Portugal.
*
Desta grandiosa cidade,
Uma autêntica raridade;
Vila Nova de Gaia,
Ela foi minha aia.
*
Litoral de um belo rio,
Defronte a "Porto Sentido",
Litoral de um grande mar,
Com o Rui sempre a cantar.
*
Aos pés da Virgem, do Monte,
Aos pés da Serra do Pilar,
Logo ali junto à ponte,
Muito juntinho do mar.
*
Gaia dos belos Mosteiros,
Cada um o mais valioso,
Desde o da Serra do Pilar,
Ao de Grijó e de Pedroso.
*
Eu sou desta querida terra,
De Nosso Senhor da Pedra,
De Nossa Senhora da Saúde,
Onde vou muito a miúde.
*
É este o meu litoral,
É este o meu Portugal;
Que eu Canto, porque afinal,
Cantar...!, nunca me fez mal.
*
Eu Canto à linda trigueira Princesa,
Árabe fada, qual beleza,
Raptada e trazida para Mea Villa,
Libertada e levada para Castilha.
*
Eu Canto ao vigoroso Rei Ramiro,
Rei da minha linda Mea Villa,
Combateu os Mouros com todo o fervor,
Para resgatar o seu Amor.
*
Vila Nova,
De Gaia, formosa,
Nasceste Moura mas bela,
Maravilhosa.
*
Trigueira Árabe de Burca rosa,
Encanto meu, me ajoelho a teus pés,
E rezo, eu teu Romeu,
Sempre que sofres, de cada vez.
*
Eu canto ao São Gonçalo,
Das terras de Vila Nova,
Logo no mês de Janeiro
E depois pelo ano inteiro.
*
Eu Canto ao S. João da Foz,
Que defronte do Cabedelo,
E das terras de Canidelo,
Nos dá as bênçãos, mas que belo.
*
Canidelo, terra de minha mãe,
Canidelo, minha terra mãe,
Canidelo, terra de meus avós,
Canidelo dos meus Pentavós; eu amo-vos.
*
Eu Canto ao Rei D. Pedro I,
E a sua Dama Inês de Castro,
Escolheram Canidelo para amar,
Loucos amaram naquele Astro.
*
Eu Canto ao São Vicente Férrer,
E mais ao Padroeiro Santo André,
Que a igreja da minha aldeia,
Com aqueles Santos nos premeia.
*
Eu Canto ao Santo André,
Que, Padroeiro de minha terra é,
Eu Canto à minha Terra Natal,
Pois, não conheço outra, igual.
*
Eu Canto à minha Santa Igreja,
Que Baptizou todos os Monteiro,
Do meu ramo familiar,
E manteve o Queiroz a enlaçar.
*
Mais cinco de Mil Setecentos e Cinquenta,
O Queiroz Monteiro aguenta,
Neste ramo familiar,
A Canidelo sempre a Amar.
*
Eu Canto Aos Queiroz Monteiro,
Que em Canidelo se fixaram,
Numa grande família se tornaram,
Com muita paixão a amaram.
*
Eu Canto aos Avós e Bisavós Oleiros,
Aos Avós Tanoeiros e doutras profissões,
Naturais de Santo André de Canidelo;
Para o céu, envio beijos aos milhões.
*
Eu Canto a S. Pedro d´Afurada,
Ele protege nossos pescadores,
Que logo pela alvorada,
Arriscam a vida desgarrada.
*
Eu Canto a Nossa Senhora da Saúde,
Que tem seu dia a quinze de Agosto,
Nos Carvalhos com muito gosto,
Meu pai confraternizava, À Saúde.
*
Eu Canto a Nossa Senhora da Bonança,
Que inspira os Candalenses de esperança,
Benzidos pelo saudoso Padre Correia;
No Céu muito Amor lhes granjeia.
*
Eu Canto ao Senhor-da-Vera-Cruz,
Padroeiro da Paróquia do Candal,
Meu pai era daqui natural,
Desta terra de Portugal.
*
Eu Canto a Canidelo e ao Candal,
Terras dos meus pais que casaram,
Para nascerem de Raiz,
Os seus filhos, no litoral.
*
Eu sou de Estirpe, natural,
Deste magnífico litoral,
Esplendorosa cidade de Gaia,
Localizada em Portugal.
*
Eu sou de Estirpe, natural,
Deste magnífico litoral,
Do morangal de Canidelo,
De Gaia, sempre belo.
*
João da mestra
/
/
/
>>>>>>>>>>>>>>>>>>SENHORA DA HORA
/